quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Contagem Regressiva: 1 dia

Ai que nervoso, só falta um dia para nossa festa de final de ano, e já não sei mais o que escrever para que essa espera cause menos ansiedade.

Então, vamos contar uma história alegre de nossas vidas? Que tal a gente rir um pouco nessa 5a. feira, véspera de nosso encontro de final de ano?

Aí vai a minha história engraçada:

Preciso, antes de contar minha história, explicar que, quando eu viajo em férias para o exterior, evito alugar carro. Primeiro, porque em geral visito grandes centros e acho mais fácil me locomover com transporte público, segundo, acho um stress você ter que se preocupar com dirigir no trânsito de outra cidade e perder o prazer de visitar tudo que der na telha, terceiro, por puro medo do novo mesmo.

Quando eu estava trabalhando em Malvern na Filadelfia tinha um problema a resolver. Malvern fica no meio do nada, com absolutamente coisa nenhuma, nunca achei o downtown de Malvern, só para se ter uma idéia. Só que a cidade não tinha transporte público, não tinha taxi e não tinha calçadas para caminhar. Tudo você tinha que fazer de carro. Na primeira vez, como ía com um colega, ele dirigiu o tempo todo, mas sempre ficava na dependência de uma carona para ir e voltar do hotel, para almoçar, para jantar, para tomar meu cafezinho expresso. O pior é que eu sempre ficava um longo tempo pela cidade, e tinha sempre um final de semana para preencher o tempo. Um porre. Daí, não tive alternativa. Na viagem seguinte aluguei um carro.

O problema seguinte era que eu nunca havia dirigido um carro automático. Então, prestei muita atenção nas caronas que eu tive para ver como dirigir com câmbio automático. Todos tinham câmbio automático no chão. Além disso, como a cidade ficava no meio do nada, tive que memorizar o caminho do aeroporto até lá, o que representava uma viagem de 1 hora, por várias free ways.

Cheguei no aeroporto, fui a empresa de aluguel de carros, peguei um mapa, caso minha memória falhasse, e fui pegar o carro. SURPRESA: o câmbio do carro era na direção!!!
O que fazer? Não tive dúvidas, tinha um negro muito grande que era o lavador dos carros próximo aonde eu estava. Fui até ele e disse: Você me ensina como dirigir aquele carro alí?

Ele me olhou surpreso, achando que eu era doida (o que de fato era!) foi até o carro e me explicou. Agradeci, subi no carro, acelerei e dei uma ré que por pouco não atropelou o pobre coitado que havia me ajudado. Não vacilei, fiquei com medo que ele chamasse alguém para me tirar o carro das mãos, engatei e fui embora a toda velocidade. Eu só vi o homem com as mãos na cabeça, balançando a cabeça de um lado para outro.

O resto da viagem foi uma aventura mas nada tão emocionante, mas consegui vencer esse meu medo, e fiquei muito orgulhosa de mim. Até hoje lembro perfeitamente da cara de pânico do rapaz com as mãos na cabeça.

Agora e com vocês, pensem numa história que vocês passaram engraçada e nos contem! Quem faz por comentários, ótimo, quem preferir mandar emails, também é ótimo. Quem estiver super ocupado, resuma e conte. Vamos dar um pouco de risada juntos.

5 comentários:

Cláudia disse...

Suzana, como assim você quer trocar o presente? E a ansiedade da espera da festa. Conte uma história engraçada que a vontade de trocar o presente passa. Se não passar, va as compras, afinal há tempo.

quisicria disse...

Sua história me lembra outra, com o mesmo carro automático, em Miami, quando fui com meus filhos de 14 e 15 anos....faz tempo.
Também nunca tinha dirigido um carro assim.
Aluguei para ir de Miami a Orlando...e com 2 crianças...bem irreponsável, não?
Quando engatei para sair,siau muito rápido ,então com medo, brequei,assustada!
A Claudia ,que estava na frente já bateu a cabeça no vidro de saida!!!
Só que ainda bem não tinha ninguém olhando,senão tinham tirado as crianças de mim...

Outra de carro.
Essa, quando saimos da maternidade com a Manoela,em Miami de novo,mas quase 20 anos depois.
Meu genro, filha, Antonio foram com a Manoela no carro grande e eu encarregada de levar o outro carro até a casa deles.
Só que não fomos em fila, peguei o carro no estacionamento e comecei a andar.
Fazia um barulho, tipo PI..toim..pi..toim..sem parar, e eu
olhava tudo, ligava, desligava, não entendia o que era...lá é dificil achar alguém de bobeira para perguntar...fui andando desesperada...com aquele barulho, depois de muitos minutos, era o freio de mão que estava levantado e eu não tinha nem percebido.
Tinha já andado muitos km com ele puxado.
Imagine o que deve ter estragado o carro...
Podemos contar os casos na festa , daí fica mais divertido, não?

Cláudia disse...

Suzana, muito engradadas suas historias. Hoje o dia vai ser divertido, que bom!

Geni disse...

Suas histórias me lembram outra com o mesmo mote - o carro automático.
Aconteceu nas épocas em que eu era casada. A avó do Didas (ex-marido e marido na época) vinha de Porto Alegre a São Paulo uma vez ao ano. Houve um ano em que ela sismou de vir de carro. Veio em seu Oldsmobile super chic e... automático. Para mim era absoluta novidade. O marido conseguiu convencer o motorista da vovó a emprestar-lhe por algum tempo. Estávamos numa reunião de família onde a turma estava jogando majong.
Saímos. Lá pelas tantas Didas vira-se para mim e pergunta se eu queria experimentar dirigir o carro.
Tcham, tcham, tcham, tcham....
Misto de curiosidade, tentação e medo! Reluto... ele insiste... cedo.
Tá bem, ... ai que medo!
Lá fui eu, bem devagarzinho pisando no acelerador e soltando o freio... mas eu estava acostumada com o meu velho fusquinha, então... o que foi que aconteceu?
Claro, o carro quase saiu voando.
Eu, mais do que depressa, pisei fundo no freio... e quase saí voando pela parabrisa. UAU! quê cabeçada.
Larguei na hora aquele carro.
Tá loco, sô!
Só agora após décadas de vivência e experiência acumulada, somado ao fato de ter limitações motoras é que resolvi encarar o tal do carro automático.
Agora sou fã incondicional desta maquinária e espero que não precise dirigir novamente carros de tecnologia mais primitiva na minha vida.

Geni disse...

ERRATA:
Erramos.
Em lugar da palavra "sismou", leia-se "cismou".