quarta-feira, 30 de junho de 2010

Jantar na Geni em noite de São Pedro

O jantar na Geni parece ter sido o máximo.

A comida foi um arraso, recheada de iguarias e petiscos japoneses. Sei que a Mara também fez excursão, fotografando tudo.

Para surpresa de todos também houve recital com Geni ao piano acompanhando as vozes da Glaura e Liliana.

As fotos da noite podem ser vistas no link:

http://gmorita.multiply.com/

A Geni escreveu sobre a noite:

"A reunião foi ótima. Fiquei muito feliz por receber a Turmitinhas, pena que algumas pessoas não puderam vir, mas não faltarão novas oportunidades de recebê-los.A Chana teve alguma questão que a impediu, pois havia confirmado presença e, mais tarde, me avisou que não poderia vir. A Nancy tinha um jantar comemorativo dos 15 anos de sua neta, mas me telefonou dizendo que, dependendo da hora que terminasse o jantar, ela viria nos encontrar, o que aconteceu e nos deu muita alegria. A Suely teve uma reunião de trabalho e, como era o primeiro contato, era imprevisível os rumos de tal reunião – se desse tempo e disposição ela teria passado nem que fosse para o cafezinho, o que acabou não acontecendo. A Cláudia me telefonou avisando que não estava muito bem, com um possível começo de gripe e que decidira se poupar. A Suzana me telefonou umas 9h da noite, avisando que teve dor de cabeça à tarde, havia tomado um comprimido e descansado, mas que não havia melhorado até àquela hora e que não viria.

Suzana mostrou sua preocupação com o pão que ficou de trazer. No entanto, isso foi prontamente resolvido, pois ao dar a notícia da Suzana e do não-pão, Scatena e Ari gentilmente se ofereceram para ir até o Santa Marta. Este gesto salvou a parte dos petiscos acompanhantes do pré-pizza – sardella com aliche. Afinal, e se a novidade japonesa petisqueira não fizesse sucesso? Não teria mais nada a oferecer a não ser sardella com aliche no pão!

Quanto ao João e Medina, não tivemos notícias, mas sei que estarão presentes a qualquer momento.

Este ano os preparativos foram mais adequados do que o ano passado, pois naquela ocasião eu estava “enferrujada” na arte de receber pessoas e meu lado exagerado (sabe o medo de faltar alguma coisa?) falou muito alto.

Receber a Turmitinhas ofereceu-me a oportunidade de ajustar uma série de coisas em casa, coisas que eu vinha empurrando com o barrigon ao longo dos dois anos que moro neste lugar. Querem exemplos? Aqui vai: utensílios básicos para oferecer um jantar, como pratos, copos, talheres..., pois não gostei muito de alugar os utensílios. Foi uma delícia sair a busca de objetos que me agradassem o suficiente para querê-los em casa. Outro exemplo foi uma quantidade respeitável de pequenos objetos decorativos adquiridos e não instalados, o que gerou o rearranjo de diversos cantos de casa.

Conforme a data da reunião se aproximava, eu tinha idéias e mais idéias e tive que fazer um esforço para manter os meus limites internos. No processo, decidi oferecer aperitivos diferentes e um dia, fazendo compras de abastecimento oriental e natureba de casa, tive a idéia de trazer petiscos tipicamente japoneses e isso resultou em peixinhos secos com amêndoas, peixinhozinhos secos adocicados, ervilhas torradas com algum tempero exótico, um misto de crocantinhos de arroz com algas ao shoyu apimentados e lula desidratada e levemente adocicada. Acho que estes exotismos talvez tenham sido demais para as pessoas, ou então a sensibilidade das pessoas tenha “rastreado” o glutamato de monosódio (aji-no-moto).

Nesse vai e vem e controle de idéias, uma que me rondava há dias, acabou se concretizando após o almoço da própria terça-feira. Qual era a dúvida? Servir ou não servir um digestivo após o café. Durante meu almoço, que foi num restaurante vegano chamado Yam, aliás, ótimo e que recomendo muito, decidi buscar o Passito di Pantteleria, um digestivo que me arrebatou, descoberta recente, pois o mundo do vinho é bem novo pra mim. Lá fui eu atrás do Passito e também a busca dos docinhos típicos das festas juninas (aqueles da infância – a minha – feitos de abóbora, batata, beterraba, etc), afinal a reunião aconteceu no dia de um dos santos do trio junino, o de São Pedro – 29 de junho... Não encontrei os tais docinhos, então num gesto de rebeldia à própria idéia decidi buscar docinhos húngaros bem gostozinhos e diametralmente opostos à simplicidade caipira.

A presença do Passito gerou até um cunversê sobre o vinho feito a partir da uva moscatel, vinho que por um bocado de tempo era difícil de ser encontrado por aqui e que recentemente tem reaparecido. Lembro-me de ter escutado um “rabo” de conversa, em que a Nancy falava do vinho de uva moscatel que havia na época de seu pai... daí tive que dar conta de alguma coisa, mas foi o suficiente para perceber que houve uma conversa entorno do assunto, especialmente entre as pessoas de origem italiana ali presentes. Esclareça-se que o Passito é feito com o Moscato di Alessandri (ou Zibibbo), um tipo de moscatel, que, apesar do nome espanholado, é produzido na Itália, mais especificamente na Sicília.

O vinho já havia sido providenciado no mês passado e foi sugestão de um amigo que entende bastante mais do que eu sobre o assunto. Escolhi o Alamos/Catena Zapata, Syrah. Ainda bem que acertei e, por conta disso, devo ter bebido um pouco além da conta, ficando meio “desastrada”... Mas acho que a nossa turma foi muito comportada nesse quesito, abrimos só 4 garrafas!

Para minha surpresa, quase todos aderiram ao vinho e os refrigerantes nem foram tocados. A cerveja também ficou gelada e “na geladeira”, pois a nossa cervejeira-mor, Suely, não pôde vir. Outra surpresa foi o sucesso alcançado pelo refresco de aloe vera (babosa), que também comprei como exotismo. Chama-se Aloe Vera King, da OKF. Qual não foi meu estupor, quando o Ari me pediu um refrigerante e eu abri a porta da geladeira e ele viu o refresco de aloe vera e exclamou: “nossa, aloe vera? Eu adoro isso....” “Uau digo eu!”, pois o sucesso foi tanto que acabou!

Os primeiros a chegar foram Mara e Ari. Pedi-lhes que fizessem a reportagem fotográfica, pois ficaria difícil conseguir receber as pessoas e fotografar os fatos ao mesmo tempo.

Conforme as pessoas foram chegando o clima foi esquentando, confesso que pude acompanhar poucas conversas e acho que até um assunto que perguntava à Liliana acabou inacabado pois fui providenciar alguma coisa e acabei deixando o assunto em aberto. Acho que é assim mesmo que acontece em reuniões festivas.

Desde o ano passado, eu e Glaura havíamos combinado uma surpresa para a turma: tocar e cantar o Tamba-Tajá e o Uirapuru. O ano passado não deu certo, pois quando nos demos conta já passava das 22h e o respeito pelos vizinhos impediu nossa surpresa. Guardamos para uma próxima oportunidade, que dependia da existência de um piano. Não sabíamos que havia um piano na casa de Liliane, senão teríamos nos apresentado naquele momento. Então no domingo, quando fui ver as meninas – Glaura e Liliane – na apresentação do coral, combinei com Glaura de nos apresentarmos. Foi mais uma brincadeira do que uma apresentação, à qual se juntou Liliana: eu no piano e Glaura e a Liliana, cantando. Não foi uma maravilha, mas deu pra gente brincar um pouco. Para uma apresentação sem ensaio, estava ótimo. A Mara, em especial, ficou entusiasmada e queria mais, mas eu parei com isso exatamente às 22h, afinal, não quero confusão no condomínio. Surgiu até a idéia de combinarmos um encontro numa tarde, quando poderíamos ficar brincando de música bastante tempo. Quem sabe ainda concretizamos esta idéia!

Ah! A sobremesa também tem sua história. Vejamos. A Rita tinha se oferecido para trazer um bolo de fubá, mas sua filha Catarina, estava com febre e ela acabou esquecendo ou não tendo tempo de providenciar sua oferta. Por outro lado, a Mara quis fazer uma surpresa pra mim e trouxe uma canjica, que se transformou na principal sobremesa. Eu, por outro lado, ou do mesmo lado, não encontrei os tais docinhos típicos da época de festas de São João, e acabei comprando um prato de petit fours húngaros, pensando em servir junto com o café... não deu outra, o conjunto foi a sobremesa, somado às paçocas cilíndricas que a Liliana trouxe. No fim, “tudo pode dar certo”, como no filme de Woody Allan!

A hora de servir o café também foi divertida. A história de ter todas as xícaras de café diferentes faz com que, naturalmente, as pessoas queiram tomá-lo num ou noutro recipiente. É muito interessante e divertido. Será que isso interfere no sabor do café?

Um show à parte foi a minha incompatibilidade física com a mesa que emprestei do condomínio. Não encontrei melhor lugar do que no meio do caminho de passagem para a cozinha – enquanto não houvesse a apresentação musical não era possível colocá-la junto ao piano e depois eu esqueci, sendo solucionada a questão quase no final da reunião por uma equipe de “arquitetos” – Scatena, Ari e Haruo. Tropecei no pé da mesa umas 5 ou 6 vezes, tendo derrubado espetacularmente um copo de vinho, tingindo piso, paredes, objetos e, quiçá, pessoas (espero que não). E todos diziam, “ainda bem que foi a dona da casa!”. Mas foi uma coisa incrível, nunca me senti tão desajeitada!

Glaura e Odilon estiveram presentes de uma forma muito especial. Eles estão sob uma rígida dieta em função das condições de saúde do Odilon. Tiveram dúvidas em vir, pois uma dieta tão rigorosa pode dificultar certas atividades sociais, mas daí pensaram que não queriam que isso os impedissem socialmente, então, fizeram sua refeição em casa e durante a reunião só tomaram água. Tomaram uma sábia decisão e nós (tomo a liberdade de falar por todos) nos regozijamos com a decisão e a atitude. E olhem que Odilon estava bem peralta com aquela máquina fotográfica. Bem que gostaria de ver as imagens que ele andou registrando. Ele que fica quietinho, mas não perde nada nada!

Outra alegria da noite foi a chegada da Nancy que, como todos sabem, teve um compromisso familiar. Que bom que esse compromisso acabou a tempo dela vir nos encontrar. Fiquei muito feliz com sua vinda, digo ficamos.

Um grande prazer foi também a presença de Vitor. Eu havia pedido a Ari e Mara que dissessem ao Vitor que, se ele estivesse disposto a vir, seria muito bem vindo aqui em casa. Como ele agora está trabalhando (ele trabalha e o Ari estuda! Vejam como é a vida.) até tarde e longe (Morumbi, se não me engano), fiquei muito feliz quando ele veio iluminar nossa reunião com sua beleza e juventude.

Aliás, houve um momento em que estava conversando com Vitor e Ari, na cozinha, e a presença de Ari foi convocada na sala, percebi que Haruo deu uma palhinha de terapia em grupo, mas não sei qual foi exatamente o tema, pois fiquei fazendo companhia ao jovem Vitor. Talvez alguém queira nos contar qual foi o assunto!

Márcia fez muito sucesso com seu cachecol super-hiper fashion, que poderão observar nas fotos. Ela até posou para uma foto-fashion!

O Scatena contou muitas histórias viajeiras, claro que especialmente da China. Acho até que ele está ficando com o olho meio puxadinho demais para um Scatena. Pena que a Suely não pôde vir, pois acho que ele teria muita coisa a contar sobre a exposição de seus quadros. Eu ouvi só partes das suas histórias.

Pois então, entre mimos e presentes que recebi, também tive a oportunidade de, finalmente, entregar uma lembrancinha de aniversário ao Odilon, devidamente registrada em foto. A lembrancinha teve um longo caminho, pois lembro que levei na casa da Suzana, onde foi a reunião mais próxima ao seu aniversário, mas eles não puderam estar presentes. Foi quando eles, Glaura e Odilon, foram acometidos de “banzo” dos netos. Naquela noite eu esqueci o pacote na casa da Suzana. Lá ficou até a reunião em que Suzana lembrou de me levar, acho que se passaram dois meses. Mas eu não desisti de entregá-la e acabou acontecendo em casa mesmo.

Quase ia me esquecendo de contar sobre a Mimosa Folle e o Crazy Dog. Dois bichinhos de pelúcia animados com um mecanismo sonoro de riso, que nos divertiu. Eu não resisti às suas risadas e os trouxe para me fazer companhia durante os jogos desta Copa ou durante os momentos de necessidade de alegria. Mimosa Folle (folle vem do francês – louca) tem um estranho olhar esbugalhado, uma risada mugidoura e acho que colocou silicone nas mamas, pois tem uma cicatriz respeitável. Crazy Dog (crazy – louco; dog – cachorro, do inglês) é um cachorrinho doidinho com uma risada deliciosa. Até a Nancy me perguntou se eu não tive infância. Tive, mas naquela época os brinquedos eram outros. Hoje em dia tenho “inveja” das crianças, pois existem brinquedos maravilhosos e, muitas vezes, a criança que ainda sobrevive dentro de mim não resiste!

Fiquei muito contente com a festa, hoje tem uma energia nova e boa na casa e eu também sinto uma energia renovada em mim.

Gente, eu adoro vocês, muito obrigada. "